Siddharta

Uma amiga emprestou-me um livro para ler: "Siddharta", de Herman Hesse...
Posso dizer que estava reticente, estava com medo que fosse demasiado maçudo.
Pois bem, tudo não passava de preconceitos porque é um livro que me está a marcar e a fazer pensar sobre tudo, devia ser um livro obrigatório.
Neste nosso mundo, o mundo ocidental, vivemos rodeados de stress, de competição, e de incompetência que não nos deixa resolver aquilo que queremos resolver.
Estamos sempre ocupados, sempre sem tempo para nada, "enclausurados" em casa a trabalhar, e vemos a vida passar, e pensamos que estamos a lutar por ela...
Pois bem, nós estamos a lutar é pelo nosso envelhecimento precoce porque, se não conseguimos encontrar a nossa paz interior, que tão bem fala o livro, não conseguimos resolver nada e a frustração presiste.
Há uma pequena questão, é que, no livro, a procura do Eu, é o nada, a estabilidade completa, porém, isso na sociedade em que vivemos seria impossível, aquilo que temos que fazer é encontrar um equilíbrio entre a cultura oriental e a ocidental, porque esta cultura ocidental, está, literalmente, a "dar cabo de nós".

7 Comentários:

Blogger Um lugar ao Sul disse...

Esse foi um dos últimos livros que li, encontrei-o numa feira do livro manuseado e pareceu-me interessante, era um livro diferente, e às vezes faz bem pensarmos em nós, não numa forma egoísta, mas sim no "sobre nós"

Ainda bem que estás a gostar, em mim causou precisamente o sentimento oposto, não gostei nada! :p

Eu sei que é um livro mais para pensar do que para nos ensinar algo (pois não nos diz o caminho que devemos seguir, mas sim que devemos seguir o "nosso" caminho), mas achei o livro um pouco oco de conteúdo, superficial sem nos (me) conseguir por efectivamente a pensar sobre a nossa filosofia de vida!

Aconteceu-me precisamente o contrário do que te aconteceu, peguei no livro cheio de expectativa e acabei de o ler com uma sensação de desilusão!

Boas leituras...

6 de junho de 2008 às 21:39:00 GMT+1  
Blogger Maggie86 disse...

é pena porque estou a achar um livro bastante interessante, e o objectivo é mesmo esse:fazer-nos pensar!

7 de junho de 2008 às 14:30:00 GMT+1  
Blogger Um lugar ao Sul disse...

Eu gosto de pensar, mas não conseguiu cativar-me, e eu que até pensei que ia gostar por me identificar um pouco com aquele "retiro espiritual" :p

Acho que tem muito pouco conteúdo, levanta o tema, mas não te dá argumentos que te questionem.

Um livro que não tem nada a ver com o estilo, mas que eu adorei "A insustentável leveza do ser", adorei porque me fez pensar, no livro eram levantadas questões que até iam contra a minha maneira de pensar, mas de tal forma bem argumentadas que eu chegava a concordar com coisas que eu era contra, e acabando o livro deixou-me a pensar nessas contradições. Este livro não, atira as coisas para o ar, e depois cada um apanha como quer...

8 de junho de 2008 às 21:51:00 GMT+1  
Blogger idadedapedra disse...

ah pois, mas lá dizem os mestres: quando o aluno está pronto, o mestre aparece. Há livros para cada ocasião da vida. A maggie está numa fase diferente da tua, Nuno. Há alturas em que determinados livros nos preenchem...
Sabedoria oriental é mesmo assim: ninguém te mostra caminhos, tu é que tens que os descobrir; este livro mostra os caminhos do siddharta (buda), apenas isso.

Maggie, herman hesse é o meu autor preferido. Tenho montes de livros dele por isso se quiseres, pede!

16 de junho de 2008 às 20:31:00 GMT+1  
Blogger Um lugar ao Sul disse...

Pois, eu não sei qual a fase da vida da Maggie, mas queres melhor fase da vida para esse livro me tocar? Tou numa espécie de retiro espiritual, exilado de tudo e todos, no fim do mundo... Queres melhor altura para pensar na vida? :p

Acho que o problema é mesmo do livro, não é meu! hi hi

21 de junho de 2008 às 21:10:00 GMT+1  
Blogger reb disse...

Essa de "retiro espiritual" não é uma coisa de espaço exterior, mas sim interior :)

22 de junho de 2008 às 18:29:00 GMT+1  
Blogger Um lugar ao Sul disse...

Uma coisa leva a outra reb!

26 de junho de 2008 às 20:18:00 GMT+1  

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uma grande lição de vida: "Depois de algum tempo aprendes a diferença, a subtil diferença entre dar a mão e acorrentar uma alma. E aprendes que amar não significa apoiar-se, e que companhia nem sempre significa segurança. E começas a aprender que beijos não são contratos e presentes não são promessas. Acabas por aceitar as derrotas com a cabeça erguida e olhos adiante, com a graça de um adulto e não com a tristeza de uma criança. E aprendes a construir todas as tuas estradas de hoje, porque o terreno do amanhã é incerto demais para os planos. Depois de algum tempo aprendes que o sol queima se te expuseres a ele por muito tempo. Aprendes que não importa o quanto tu te importas, simplesmente porque algumas pessoas não se importam... E aceitas que apesar da bondade que reside numa pessoa, ela poderá ferir-te de vez em quando e precisas perdoá-la por isso. Aprendes que falar pode aliviar dores emocionais. Descobres que se leva anos para se construir a confiança e apenas segundos para destruí-la, e que poderás fazer coisas das quais te arrependerás para o resto da vida. Aprendes que as verdadeiras amizades continuam a crescer mesmo a longas distâncias. E o que importa não é o que tens na vida, mas quem tens na vida. E que bons amigos são a família que nos permitiram escolher. Aprendes que não temos que mudar de amigos se compreendemos que os amigos mudam, percebes que o teu melhor amigo e tu podem fazer qualquer coisa, ou nada, e terem bons momentos juntos. Descobres que as pessoas com quem tu mais te importas são tiradas da tua vida muito depressa, por isso devemos sempre despedir-nos das pessoas que amamos com palavras amorosas, pode ser a última vez que as vejamos. Aprendes que as circunstâncias e os ambientes têm influência sobre nós, mas nós somos responsáveis por nós mesmos. Começas a aprender que não te deves comparar com os outros, mas com o melhor que podes ser. Descobres que se leva muito tempo para se tornar a pessoa que se quer ser, e que o tempo é curto. Aprendes que, ou controlas os teus actos ou eles te controlarão, e que ser flexível nem sempre significa ser fraco ou não ter personalidade, pois não importa quão delicada e frágil seja uma situação, existem sempre os dois lados. Aprendes que heróis são pessoas que fizeram o que era necessário fazer, enfrentando as consequências. Aprendes que paciência requer muita prática. Descobres que algumas vezes a pessoa que esperas que te empurre, quando cais, é uma das poucas que te ajuda a levantar. Aprendes que maturidade tem mais a ver com os tipos de experiência que tiveste e o que aprendeste com elas, do que com quantos aniversários já comemoraste. Aprendes que há mais dos teus pais em ti do que supunhas. Aprendes que nunca se deve dizer a uma criança que sonhos são disparates, poucas coisas são tão humilhantes e seria uma tragédia se ela acreditasse nisso. Aprendes que quando estás com raiva tens o direito de estar com raiva, mas isso não te dá o direito de ser cruel. Descobres que só porque alguém não te ama da forma que desejas, não significa que esse alguém não te ama com tudo o que pode, pois existem pessoas que nos amam, mas simplesmente não sabem como demonstrar ou viver isso. Aprendes que nem sempre é suficiente ser perdoado por alguém, algumas vezes tens que aprender a perdoar-te a ti mesmo. Aprendes que com a mesma severidade com que julgas, poderás ser em algum momento condenado. Aprendes que não importa em quantos pedaços o teu coração foi partido, o mundo não pára para que tu o consertes. Aprendes que o tempo não é algo que possa voltar para trás. Portanto, planta o teu jardim e decora a tua alma, ao invés de esperares que alguém te traga flores. E aprendes que realmente podes suportar mais, que és realmente forte, e que podes ir muito mais longe depois de pensar que não se pode mais. E que realmente a vida tem valor e que tu tens valor diante da vida! As nossas dádivas são traidoras e fazem-nos perder o bem que poderíamos conquistar, se não fosse o medo de tentar." William Shakespeare