Projecção.

Projecção, como termo psicológico, é projectarmos no outro aquilo que gostariamos que ele tivesse, nomeadamente características positivas nossas.
No nosso dia-a-dia, fazemos isto constantemente, somos paranoicos, temos a mania da perseguição, etc.
A diferença entre nós, os considerados normais, e as grandes patologias é que nós conseguimos manter um padrão adequado à sociedade em que vivemos, daí sermos considerados normais.
Como tal, muitas vezes acreditamos que encontrámos o amor da nossa vida e, mais tarde, desiludimo-nos...o que quer dizer que tentámos projectar características nessa pessoa que ela não possui(mesmo que não sejam as que nós temos); não gostavamos verdadeiramente dela mas sim dessas supostas características.
Como nos podemos abstrair deste fenómeno da projecção?

5 Comentários:

Blogger reb disse...

eh, lá, pode-se ir aprendendo com esta psicóloga :)

Pois, eu acho que se deixássemos de nos projectar no outro, deixávamos de ser humanos. Ter consciência disso é só descer um degrau da paranoia :)

16 de abril de 2008 às 19:47:00 GMT+1  
Blogger JR disse...

Quando encontramos alguém de quem dizemos gostar, verdadeiramente, gostamos da imagem que construimos dessa pessoa e não dela em si mesma.
No fundo, gostamos de nós e do bem que nos faz a pessoa que construimos. O problema é quando essa pessoa se revela autónoma à nossa construção.
Então, verdadeiramente, poderemos constatar se é do outro que gostamos, sendo capazes de nos doarmos a esse outro, ou se recusamos essa doação, provando que só à imagem por nós construida nos entregamos e, portanto, só a nós próprios somos capazes de nos doarmos.

17 de abril de 2008 às 23:06:00 GMT+1  
Blogger reb disse...

Pesno que o amor é tb esse desafio de começarmos a compreender que o ser por nós amado não é só uma "construção" nossa, e, ainda assim, conseguir aceitar alguma autonomia das duas partes, e não fugir a sete pés :)

19 de abril de 2008 às 09:29:00 GMT+1  
Blogger idadedapedra disse...

ora aí está, JR, aquilo que eu digo sobre nunca ter amado um homem. Até costumo dizer que o "desgraçado do homem" não tem culpa nenhuma que eu o invente para me apaixonar e me sentir muito bem. Daí eu dizer que nunca soube passar de paixão a amor... pois se eu os invento, como é que depois, quando os vejo como são realmente, continuo com essa pessoa. O problema é meu, eu sei disso perfeitamente. Eu até me moldo completamente ao desgraçado. Lá porque é que escolho um determinado ser para objecto de paixão, isso não percebi ainda, quais são os meus critérios. Para escolher os pais das minhas filhas, há-de ter sido qualquer coisa instintiva que me disse que aquilo eram genes fantásticos, e veio-se a provar que tinha razão (mãe babada, certo?).
Os outros? Não faço ideia (sem acento no e, aprendi ontem).
Alguns eram muito boa gente, poucos é certo. A esses amo-os amigavelmente, ou sejam passam a amigos para o resto da vida.
Há os que decidi que seriam amigos e nunca amantes, sem começar pela paixão. Esses também são para o rsto da vida

19 de abril de 2008 às 12:36:00 GMT+1  
Blogger idadedapedra disse...

mais uma coisa que me lembrei nesta sequência: será que todos os amores inacabados são infinitos? Bem, os infinitos nunca acabam... :) hehehe, maluquices da idadedapedra :)

19 de abril de 2008 às 12:57:00 GMT+1  

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uma grande lição de vida: "Depois de algum tempo aprendes a diferença, a subtil diferença entre dar a mão e acorrentar uma alma. E aprendes que amar não significa apoiar-se, e que companhia nem sempre significa segurança. E começas a aprender que beijos não são contratos e presentes não são promessas. Acabas por aceitar as derrotas com a cabeça erguida e olhos adiante, com a graça de um adulto e não com a tristeza de uma criança. E aprendes a construir todas as tuas estradas de hoje, porque o terreno do amanhã é incerto demais para os planos. Depois de algum tempo aprendes que o sol queima se te expuseres a ele por muito tempo. Aprendes que não importa o quanto tu te importas, simplesmente porque algumas pessoas não se importam... E aceitas que apesar da bondade que reside numa pessoa, ela poderá ferir-te de vez em quando e precisas perdoá-la por isso. Aprendes que falar pode aliviar dores emocionais. Descobres que se leva anos para se construir a confiança e apenas segundos para destruí-la, e que poderás fazer coisas das quais te arrependerás para o resto da vida. Aprendes que as verdadeiras amizades continuam a crescer mesmo a longas distâncias. E o que importa não é o que tens na vida, mas quem tens na vida. E que bons amigos são a família que nos permitiram escolher. Aprendes que não temos que mudar de amigos se compreendemos que os amigos mudam, percebes que o teu melhor amigo e tu podem fazer qualquer coisa, ou nada, e terem bons momentos juntos. Descobres que as pessoas com quem tu mais te importas são tiradas da tua vida muito depressa, por isso devemos sempre despedir-nos das pessoas que amamos com palavras amorosas, pode ser a última vez que as vejamos. Aprendes que as circunstâncias e os ambientes têm influência sobre nós, mas nós somos responsáveis por nós mesmos. Começas a aprender que não te deves comparar com os outros, mas com o melhor que podes ser. Descobres que se leva muito tempo para se tornar a pessoa que se quer ser, e que o tempo é curto. Aprendes que, ou controlas os teus actos ou eles te controlarão, e que ser flexível nem sempre significa ser fraco ou não ter personalidade, pois não importa quão delicada e frágil seja uma situação, existem sempre os dois lados. Aprendes que heróis são pessoas que fizeram o que era necessário fazer, enfrentando as consequências. Aprendes que paciência requer muita prática. Descobres que algumas vezes a pessoa que esperas que te empurre, quando cais, é uma das poucas que te ajuda a levantar. Aprendes que maturidade tem mais a ver com os tipos de experiência que tiveste e o que aprendeste com elas, do que com quantos aniversários já comemoraste. Aprendes que há mais dos teus pais em ti do que supunhas. Aprendes que nunca se deve dizer a uma criança que sonhos são disparates, poucas coisas são tão humilhantes e seria uma tragédia se ela acreditasse nisso. Aprendes que quando estás com raiva tens o direito de estar com raiva, mas isso não te dá o direito de ser cruel. Descobres que só porque alguém não te ama da forma que desejas, não significa que esse alguém não te ama com tudo o que pode, pois existem pessoas que nos amam, mas simplesmente não sabem como demonstrar ou viver isso. Aprendes que nem sempre é suficiente ser perdoado por alguém, algumas vezes tens que aprender a perdoar-te a ti mesmo. Aprendes que com a mesma severidade com que julgas, poderás ser em algum momento condenado. Aprendes que não importa em quantos pedaços o teu coração foi partido, o mundo não pára para que tu o consertes. Aprendes que o tempo não é algo que possa voltar para trás. Portanto, planta o teu jardim e decora a tua alma, ao invés de esperares que alguém te traga flores. E aprendes que realmente podes suportar mais, que és realmente forte, e que podes ir muito mais longe depois de pensar que não se pode mais. E que realmente a vida tem valor e que tu tens valor diante da vida! As nossas dádivas são traidoras e fazem-nos perder o bem que poderíamos conquistar, se não fosse o medo de tentar." William Shakespeare