A fantasia e a realidade
A distância entre a realidade e a fantasia é mais pequena do que imaginamos.
a fantasia é aquilo que queremos que aconteça, então imaginamos a realidade dessa forma.Penso que era neste prisma que falava Descartes, quando dizia que os sentidos o enganavam...
Será que existem verdades absolutas ou tudo não passa de uma realidade inventada por nós mesmos?
qual a diferença entre normalidade e loucura?porque somos nós os normais e não os outros?quem decidiu a ética, a razão e a justiça?não será tudo relativo?
não seremos todos normais e loucos ao mesmo tempo?
a fantasia é aquilo que queremos que aconteça, então imaginamos a realidade dessa forma.Penso que era neste prisma que falava Descartes, quando dizia que os sentidos o enganavam...
Será que existem verdades absolutas ou tudo não passa de uma realidade inventada por nós mesmos?
qual a diferença entre normalidade e loucura?porque somos nós os normais e não os outros?quem decidiu a ética, a razão e a justiça?não será tudo relativo?
não seremos todos normais e loucos ao mesmo tempo?
12 Comentários:
hihihi, eu como não me acho nada normal não sei responder... :)
Mas ainda outro dia pensava assim: e se a vida fôr só um sonho da alma???
Sabes por exemplo o que é uma cor? As coisas têm cores? Porque é que no escuro não vemos as cores?
Realmente "não há verdades absolutas"...e felizmente (espero) somos todos um poucos loucos!!
a cor definimos nós em função dos comprimentos de onda que são reflectidos pelo objecto...
já lá diz o povo que de médico e de louco...
a normalidade é apenas um conceito estatístico...
fizeste-me lembrar as minhas aulas de psicologia e psiquiatria em que eu constatava que todos temos comportamentos obcessivos, compulsivos, um cheirinho de dupla personalidade, etc, etc. penso que a fronteira entre a doença e a saúde mental tem mais a ver com a importância que damos à imagem que projectamos nos outros e os conflitos internos provocados pela diferença entre aquilo que esperam de nós e aquilo que conseguimos dar. em sociedades tolerantes e abertas à diferença, penso que a prevalência de doença mental é muito menor. claro que tb há os síndromes orgânicos, mas parece-me que a influência do meio é muito mais importante. foi por essas e por outras que não fui para psiquiatris. tenho uma grande amiga que fala num conceito que para mim é muito importante: o preço da diferença. se assumimos que somos diferentes, anormais estatisticamente, então temos que estar preparados para pagar esse preço. e temos que decidir se o mais importante é estarmos de acordo com nós mesmos, cumprirmo-nos, ou estarmos de acordo com o que os outros esperam de nós. numa sociedade cheia de códigos absurdos, penso que a escolha é óbvia.
IdP: um sonho da alma? e onde existe essa alma? e se formos apenas a projecção de uma outra alma, de um outro ser? nunca terás uma certeza absoluta em relação a isso. aí vamos ter ao que eu chamo de hipóteses funcionais. a realidade escapa-nos sempre, porque os nossos receptores sensoriais, mesmo ampliados por toda a tecnologia, são sempre limitados. pode a bactéria que vive nos teus intestinos ter consciência do hospedeiro??????
eu acho q a doença mental é inventada pela sociedade para rotular aqueles q são desajustados e n obedecem às normas impostas!como tal, temos q ter muito cuidado ao definir normalidade ou loucura!
tive um prof q dizia assim:"o objecto de estudo da psicanalise é o delírio, eu estou a delirar e voces estao a seguir o meu delirio"
e q os loucos n sao os do julio de matos mas sim todos nos q nos consideramos normais!como delirava nas aulas dele!!
maggie, estás de acordo com aquilo que eu digo. quem se está nas tintas para as normas impostas, dificilmente terá doença mental. outra questão é: quem impõe as normas? é a sociedade que nos impõe ou somos nós que impomos a nós próprios?
acho q são os dois, mas principalmente a nossa consciência para nos ajudar a ter um comp ajustado e n sermos considerados "malucos".como tal, reprimimos certos instintos!
nélio: Um sonho da alma é uma maneira de dizer que tudo é possível... Não faço a mínima ideia se esta realidade que eu vivo tão sofridamente por vezes, existe mesmo, e portanto se valerá a pena sofrê-la assim. Esta coisa a que estou a chamar realidade, só é realidade para mim. À minha volta cada um vê uma realidade diferente da que eu estou a ver. Até pode ser que os sentidos levem ao cérebro as mesmas informações de maneiras diferentes; e depois o cérebro, de certeza que os processa de maneira completamente diferente de cabeça para cabeça.
Um dia estive no deserto, em marrocos, e andando lá pelo meio das dunas veio ter comigo um berebere daqueles que vivem ali mesmo. E lá trocámos umas palavras em francês. Podes imaginar como é viver ali? É como se vivesse noutro planeta completamente diferente do meu. Que verão os olhos dele? Como serão os pensamentos dele? É que de certeza que é tudo diferente do que se passa na minha cabeça...
ah, e a cor era para ensinar mais umas coisinhas de ciência, que este pessoal de letras fica fascinado com este tipo de conhecimentos... :)))))
as bactérias do meu intestino vivem muito felizes porque nunca me chateiam... não sei se já perceberam que eu sou boa pessoa ou quê :)))
Concordo com o que dizem: todos somos um pouco loucos e desajustados...mas...não devemos ignorar a existência de doenças mentais ( que provocam grandes sofrimentos) pq isso seria negar a necessidade de tratamento.
Compreendo o prof da maggie qdo diz aos seus alunos que está a "delirar". Pretendo provocá-los e provavelmente fazê-los pensar nessas doenças sem arrogância e preconceitos.
Mas, quem já esteve perto de uma pessoa com esquizofrenia em delírio psicótico sabe bem que, naquele momento, ele está seriamente doente, não tem consciencia de que está em delírio, parece haver uma "ruptura" interior, uma perda de identidade e uma grande confusão mental. Imaginam-se a ouvir vozes que ordenam que se faça determinadas coisas? Imaginam ver seres que os perseguem?
Já para não falar da doença do nosso tempo: a depressão, que, em estados graves leva ao suicídio ( não fossem os anti-depressivos...)
é claro q existem as doenças mentais propriamente ditas, mas n é isso q está aqui em questão, o q está em questão são os preconceitos q existem em relação a essas doenças!
um psicólogo n pode ter esses preconceitos e tem q ver esse paciente como um ser cm os outros, cm ele próprio sn a terapia está condenada desde o início!
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