A fantasia e a realidade

A distância entre a realidade e a fantasia é mais pequena do que imaginamos.
a fantasia é aquilo que queremos que aconteça, então imaginamos a realidade dessa forma.Penso que era neste prisma que falava Descartes, quando dizia que os sentidos o enganavam...
Será que existem verdades absolutas ou tudo não passa de uma realidade inventada por nós mesmos?
qual a diferença entre normalidade e loucura?porque somos nós os normais e não os outros?quem decidiu a ética, a razão e a justiça?não será tudo relativo?
não seremos todos normais e loucos ao mesmo tempo?

12 Comentários:

Blogger idadedapedra disse...

hihihi, eu como não me acho nada normal não sei responder... :)
Mas ainda outro dia pensava assim: e se a vida fôr só um sonho da alma???
Sabes por exemplo o que é uma cor? As coisas têm cores? Porque é que no escuro não vemos as cores?

23 de abril de 2008 às 10:49:00 GMT+1  
Blogger TT disse...

Realmente "não há verdades absolutas"...e felizmente (espero) somos todos um poucos loucos!!

23 de abril de 2008 às 22:37:00 GMT+1  
Blogger nelio disse...

a cor definimos nós em função dos comprimentos de onda que são reflectidos pelo objecto...

já lá diz o povo que de médico e de louco...

a normalidade é apenas um conceito estatístico...

fizeste-me lembrar as minhas aulas de psicologia e psiquiatria em que eu constatava que todos temos comportamentos obcessivos, compulsivos, um cheirinho de dupla personalidade, etc, etc. penso que a fronteira entre a doença e a saúde mental tem mais a ver com a importância que damos à imagem que projectamos nos outros e os conflitos internos provocados pela diferença entre aquilo que esperam de nós e aquilo que conseguimos dar. em sociedades tolerantes e abertas à diferença, penso que a prevalência de doença mental é muito menor. claro que tb há os síndromes orgânicos, mas parece-me que a influência do meio é muito mais importante. foi por essas e por outras que não fui para psiquiatris. tenho uma grande amiga que fala num conceito que para mim é muito importante: o preço da diferença. se assumimos que somos diferentes, anormais estatisticamente, então temos que estar preparados para pagar esse preço. e temos que decidir se o mais importante é estarmos de acordo com nós mesmos, cumprirmo-nos, ou estarmos de acordo com o que os outros esperam de nós. numa sociedade cheia de códigos absurdos, penso que a escolha é óbvia.

IdP: um sonho da alma? e onde existe essa alma? e se formos apenas a projecção de uma outra alma, de um outro ser? nunca terás uma certeza absoluta em relação a isso. aí vamos ter ao que eu chamo de hipóteses funcionais. a realidade escapa-nos sempre, porque os nossos receptores sensoriais, mesmo ampliados por toda a tecnologia, são sempre limitados. pode a bactéria que vive nos teus intestinos ter consciência do hospedeiro??????

23 de abril de 2008 às 22:39:00 GMT+1  
Blogger Maggie86 disse...

eu acho q a doença mental é inventada pela sociedade para rotular aqueles q são desajustados e n obedecem às normas impostas!como tal, temos q ter muito cuidado ao definir normalidade ou loucura!

23 de abril de 2008 às 22:44:00 GMT+1  
Blogger Maggie86 disse...

tive um prof q dizia assim:"o objecto de estudo da psicanalise é o delírio, eu estou a delirar e voces estao a seguir o meu delirio"
e q os loucos n sao os do julio de matos mas sim todos nos q nos consideramos normais!como delirava nas aulas dele!!

23 de abril de 2008 às 22:46:00 GMT+1  
Blogger nelio disse...

maggie, estás de acordo com aquilo que eu digo. quem se está nas tintas para as normas impostas, dificilmente terá doença mental. outra questão é: quem impõe as normas? é a sociedade que nos impõe ou somos nós que impomos a nós próprios?

23 de abril de 2008 às 22:48:00 GMT+1  
Blogger Maggie86 disse...

acho q são os dois, mas principalmente a nossa consciência para nos ajudar a ter um comp ajustado e n sermos considerados "malucos".como tal, reprimimos certos instintos!

23 de abril de 2008 às 22:53:00 GMT+1  
Blogger idadedapedra disse...

nélio: Um sonho da alma é uma maneira de dizer que tudo é possível... Não faço a mínima ideia se esta realidade que eu vivo tão sofridamente por vezes, existe mesmo, e portanto se valerá a pena sofrê-la assim. Esta coisa a que estou a chamar realidade, só é realidade para mim. À minha volta cada um vê uma realidade diferente da que eu estou a ver. Até pode ser que os sentidos levem ao cérebro as mesmas informações de maneiras diferentes; e depois o cérebro, de certeza que os processa de maneira completamente diferente de cabeça para cabeça.
Um dia estive no deserto, em marrocos, e andando lá pelo meio das dunas veio ter comigo um berebere daqueles que vivem ali mesmo. E lá trocámos umas palavras em francês. Podes imaginar como é viver ali? É como se vivesse noutro planeta completamente diferente do meu. Que verão os olhos dele? Como serão os pensamentos dele? É que de certeza que é tudo diferente do que se passa na minha cabeça...

24 de abril de 2008 às 11:51:00 GMT+1  
Blogger idadedapedra disse...

ah, e a cor era para ensinar mais umas coisinhas de ciência, que este pessoal de letras fica fascinado com este tipo de conhecimentos... :)))))

24 de abril de 2008 às 11:52:00 GMT+1  
Blogger idadedapedra disse...

as bactérias do meu intestino vivem muito felizes porque nunca me chateiam... não sei se já perceberam que eu sou boa pessoa ou quê :)))

24 de abril de 2008 às 11:53:00 GMT+1  
Blogger reb disse...

Concordo com o que dizem: todos somos um pouco loucos e desajustados...mas...não devemos ignorar a existência de doenças mentais ( que provocam grandes sofrimentos) pq isso seria negar a necessidade de tratamento.
Compreendo o prof da maggie qdo diz aos seus alunos que está a "delirar". Pretendo provocá-los e provavelmente fazê-los pensar nessas doenças sem arrogância e preconceitos.
Mas, quem já esteve perto de uma pessoa com esquizofrenia em delírio psicótico sabe bem que, naquele momento, ele está seriamente doente, não tem consciencia de que está em delírio, parece haver uma "ruptura" interior, uma perda de identidade e uma grande confusão mental. Imaginam-se a ouvir vozes que ordenam que se faça determinadas coisas? Imaginam ver seres que os perseguem?
Já para não falar da doença do nosso tempo: a depressão, que, em estados graves leva ao suicídio ( não fossem os anti-depressivos...)

24 de abril de 2008 às 14:16:00 GMT+1  
Blogger Maggie86 disse...

é claro q existem as doenças mentais propriamente ditas, mas n é isso q está aqui em questão, o q está em questão são os preconceitos q existem em relação a essas doenças!
um psicólogo n pode ter esses preconceitos e tem q ver esse paciente como um ser cm os outros, cm ele próprio sn a terapia está condenada desde o início!

24 de abril de 2008 às 15:12:00 GMT+1  

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uma grande lição de vida: "Depois de algum tempo aprendes a diferença, a subtil diferença entre dar a mão e acorrentar uma alma. E aprendes que amar não significa apoiar-se, e que companhia nem sempre significa segurança. E começas a aprender que beijos não são contratos e presentes não são promessas. Acabas por aceitar as derrotas com a cabeça erguida e olhos adiante, com a graça de um adulto e não com a tristeza de uma criança. E aprendes a construir todas as tuas estradas de hoje, porque o terreno do amanhã é incerto demais para os planos. Depois de algum tempo aprendes que o sol queima se te expuseres a ele por muito tempo. Aprendes que não importa o quanto tu te importas, simplesmente porque algumas pessoas não se importam... E aceitas que apesar da bondade que reside numa pessoa, ela poderá ferir-te de vez em quando e precisas perdoá-la por isso. Aprendes que falar pode aliviar dores emocionais. Descobres que se leva anos para se construir a confiança e apenas segundos para destruí-la, e que poderás fazer coisas das quais te arrependerás para o resto da vida. Aprendes que as verdadeiras amizades continuam a crescer mesmo a longas distâncias. E o que importa não é o que tens na vida, mas quem tens na vida. E que bons amigos são a família que nos permitiram escolher. Aprendes que não temos que mudar de amigos se compreendemos que os amigos mudam, percebes que o teu melhor amigo e tu podem fazer qualquer coisa, ou nada, e terem bons momentos juntos. Descobres que as pessoas com quem tu mais te importas são tiradas da tua vida muito depressa, por isso devemos sempre despedir-nos das pessoas que amamos com palavras amorosas, pode ser a última vez que as vejamos. Aprendes que as circunstâncias e os ambientes têm influência sobre nós, mas nós somos responsáveis por nós mesmos. Começas a aprender que não te deves comparar com os outros, mas com o melhor que podes ser. Descobres que se leva muito tempo para se tornar a pessoa que se quer ser, e que o tempo é curto. Aprendes que, ou controlas os teus actos ou eles te controlarão, e que ser flexível nem sempre significa ser fraco ou não ter personalidade, pois não importa quão delicada e frágil seja uma situação, existem sempre os dois lados. Aprendes que heróis são pessoas que fizeram o que era necessário fazer, enfrentando as consequências. Aprendes que paciência requer muita prática. Descobres que algumas vezes a pessoa que esperas que te empurre, quando cais, é uma das poucas que te ajuda a levantar. Aprendes que maturidade tem mais a ver com os tipos de experiência que tiveste e o que aprendeste com elas, do que com quantos aniversários já comemoraste. Aprendes que há mais dos teus pais em ti do que supunhas. Aprendes que nunca se deve dizer a uma criança que sonhos são disparates, poucas coisas são tão humilhantes e seria uma tragédia se ela acreditasse nisso. Aprendes que quando estás com raiva tens o direito de estar com raiva, mas isso não te dá o direito de ser cruel. Descobres que só porque alguém não te ama da forma que desejas, não significa que esse alguém não te ama com tudo o que pode, pois existem pessoas que nos amam, mas simplesmente não sabem como demonstrar ou viver isso. Aprendes que nem sempre é suficiente ser perdoado por alguém, algumas vezes tens que aprender a perdoar-te a ti mesmo. Aprendes que com a mesma severidade com que julgas, poderás ser em algum momento condenado. Aprendes que não importa em quantos pedaços o teu coração foi partido, o mundo não pára para que tu o consertes. Aprendes que o tempo não é algo que possa voltar para trás. Portanto, planta o teu jardim e decora a tua alma, ao invés de esperares que alguém te traga flores. E aprendes que realmente podes suportar mais, que és realmente forte, e que podes ir muito mais longe depois de pensar que não se pode mais. E que realmente a vida tem valor e que tu tens valor diante da vida! As nossas dádivas são traidoras e fazem-nos perder o bem que poderíamos conquistar, se não fosse o medo de tentar." William Shakespeare