Lei versus eu.

hoje fui ver um filme, o "vista pela última vez" ou, se preferirem em inglês:"gone, baby, gone" e fez-me pensar bastante, pôs-me super dividida.
de início, começo por dizer que nada tem a ver com o caso maddie, com o caso joana ou com o caso do sargento (tendo em conta que foi a mãe que concedeu a filha ao sargento e à mulher e só depois é que o pai biológico se lembrou que tinha uma filha).
não, aqui o caso é diferente: uma rapariga vive com uma mãe, drogada, que sai com todos os tipos que lhe aparecem à frente e deixa a miúda sozinha em casa.
entretanto, o tio, que vivia lá perto, percebeu de um negócio de junkers da mãe e contou a um polícia amigo, este decidiu ajudar a criança e o tio: o tio recebia dinheiro e, em troca, o polícia levava a rapariga para casa de outro polícia, que tinha perdido um filho, tendo por isso muito amor para dar.
entretanto a história vai-se desenrolando, é contratado um detective privado para encontrar a rapariga desaparecida, ele envolve-se demasiado na história, não percebe o que se passa e, apenas no fim, percebe que os polícias estão envolvidos no "rapto" e que, apenas queriam dar uma vida melhor à criança, que, com a mãe, nunca teria essa possibilidade.
porém, esse detective privado achou que deveria chamar a policia e denunciar quem estava envolvido no desaparecimento da rapariga.
a rapariga voltou para casa, para a mãe e os polícias foram presos.a mãe prometeu que ia mudar e estar mais atenta à filha.
o que é que está aqui em causa?
bem, a lei, porque a lei diz que os filhos devem ficar com os pais biológicos e tiram-nos dos "pais afectivos" por qualquer coisa...
neste caso, do filme, percebo o dilema do detective, porque a mãe prometeu que ia mudar e porque a mãe não concedeu a criança ao polícia, foi-lhe tirada sem ela saber, mas tenho sempre em conta que a mãe não cuidava da criança.
as coisas podiam ter sido feitas de outra forma:assistência social, etc...
serei demasiado ingénua?bem sei que a rapariga estava feliz em casa do polícia, mas, se tivesse ficado com ele, a mãe não teria oportunidade de mudar, será que mudaria?
as pessoas não podem mudar?ficar sóbrios e ter uma vida melhor?
será que não?
será que, a criança, ficando com o polícia, feliz, tudo bem, mas mais tarde não se revoltaria por não serem pais dela?
no caso sargento penso que é diferente, porque foi a própria mãe que concedeu a criança e admiro o sargento por ter lutado pela criança, aqui (mesmo sendo filme), não sei se compreendo assim tão bem, é óbvio que a felicidade das crianças está acima de tudo, mas terá sido a melhor forma de o fazer?

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uma grande lição de vida: "Depois de algum tempo aprendes a diferença, a subtil diferença entre dar a mão e acorrentar uma alma. E aprendes que amar não significa apoiar-se, e que companhia nem sempre significa segurança. E começas a aprender que beijos não são contratos e presentes não são promessas. Acabas por aceitar as derrotas com a cabeça erguida e olhos adiante, com a graça de um adulto e não com a tristeza de uma criança. E aprendes a construir todas as tuas estradas de hoje, porque o terreno do amanhã é incerto demais para os planos. Depois de algum tempo aprendes que o sol queima se te expuseres a ele por muito tempo. Aprendes que não importa o quanto tu te importas, simplesmente porque algumas pessoas não se importam... E aceitas que apesar da bondade que reside numa pessoa, ela poderá ferir-te de vez em quando e precisas perdoá-la por isso. Aprendes que falar pode aliviar dores emocionais. Descobres que se leva anos para se construir a confiança e apenas segundos para destruí-la, e que poderás fazer coisas das quais te arrependerás para o resto da vida. Aprendes que as verdadeiras amizades continuam a crescer mesmo a longas distâncias. E o que importa não é o que tens na vida, mas quem tens na vida. E que bons amigos são a família que nos permitiram escolher. Aprendes que não temos que mudar de amigos se compreendemos que os amigos mudam, percebes que o teu melhor amigo e tu podem fazer qualquer coisa, ou nada, e terem bons momentos juntos. Descobres que as pessoas com quem tu mais te importas são tiradas da tua vida muito depressa, por isso devemos sempre despedir-nos das pessoas que amamos com palavras amorosas, pode ser a última vez que as vejamos. Aprendes que as circunstâncias e os ambientes têm influência sobre nós, mas nós somos responsáveis por nós mesmos. Começas a aprender que não te deves comparar com os outros, mas com o melhor que podes ser. Descobres que se leva muito tempo para se tornar a pessoa que se quer ser, e que o tempo é curto. Aprendes que, ou controlas os teus actos ou eles te controlarão, e que ser flexível nem sempre significa ser fraco ou não ter personalidade, pois não importa quão delicada e frágil seja uma situação, existem sempre os dois lados. Aprendes que heróis são pessoas que fizeram o que era necessário fazer, enfrentando as consequências. Aprendes que paciência requer muita prática. Descobres que algumas vezes a pessoa que esperas que te empurre, quando cais, é uma das poucas que te ajuda a levantar. Aprendes que maturidade tem mais a ver com os tipos de experiência que tiveste e o que aprendeste com elas, do que com quantos aniversários já comemoraste. Aprendes que há mais dos teus pais em ti do que supunhas. Aprendes que nunca se deve dizer a uma criança que sonhos são disparates, poucas coisas são tão humilhantes e seria uma tragédia se ela acreditasse nisso. Aprendes que quando estás com raiva tens o direito de estar com raiva, mas isso não te dá o direito de ser cruel. Descobres que só porque alguém não te ama da forma que desejas, não significa que esse alguém não te ama com tudo o que pode, pois existem pessoas que nos amam, mas simplesmente não sabem como demonstrar ou viver isso. Aprendes que nem sempre é suficiente ser perdoado por alguém, algumas vezes tens que aprender a perdoar-te a ti mesmo. Aprendes que com a mesma severidade com que julgas, poderás ser em algum momento condenado. Aprendes que não importa em quantos pedaços o teu coração foi partido, o mundo não pára para que tu o consertes. Aprendes que o tempo não é algo que possa voltar para trás. Portanto, planta o teu jardim e decora a tua alma, ao invés de esperares que alguém te traga flores. E aprendes que realmente podes suportar mais, que és realmente forte, e que podes ir muito mais longe depois de pensar que não se pode mais. E que realmente a vida tem valor e que tu tens valor diante da vida! As nossas dádivas são traidoras e fazem-nos perder o bem que poderíamos conquistar, se não fosse o medo de tentar." William Shakespeare